quarta-feira



décimo dia,
do décimo segundo
mês do ano!












fim de ano:
















consumo...




INCONFORMES

papai noel existe:

eu o vi na rede globo,
no sbt, na record, na band,
na tve, na mtv, no shopping barra,
no shopping lapa, no shopping piedade,
no shopping iguatemi,
no shopping da cidade,
nas lojas americanas, nas lojas maia,
lojas renner, riachuelo, na c&a, na marisa,
nas casas bahia, nas casas pernambucanas, na farmácia santana,
na farmácia do povo,
na farmácia pague menos,
na insinuante, na ricardo eletro,
na primordial, na novela das oito,
das sete, das seis, das cinco e meia,
das duas da tarde,
no bom preço, no extra, no g barbosa,
na avenida sete, na avenida paulista,
na avenida brasil, no pelourinho,
na rocinha...
é sim!
ele tava lá: sem saco,
mas de barba branca
e roupa vermelha.
eu vi...
e isso,
ninguém
tira de mim.





me engane
que eu gosto:

não quero omo com mais lipolase.
nem shampoo organics com glucasil.
nem danoninho petit suisse,
muito menos, garnier nutrisse
nem do estrangeiro,
nem do brasil...




só quero um dia
de céu azul anil..









e como diz o poeta:
"natal mais colorido
é na tecelagem vânia!"





2 comentários:

gurunga disse...

Pois é amigo.
O consumo nos consome sem nos deixar aparentemente consumido.
Nos engana e nos faz cada vez mais parte dele. E nesta dominação sem consumos visíveis, pois o vislumbre deixado por ele é coloridamente disfarçado de muitas coisas e cores, caminhamos...
E que venham as cores. E mesmo que essas não venham de mim, pois o interessante é a cultura do capital, assim mesmo as minhas são pretas e vermelhas e brancas e cores de Pai e Noel, de neve e até de um verde Pinheiro que não nasce nunca no meu sertão quente e seco...
Viva as cores de capital sem cores...

gurunga disse...

Pois é amigo.
O consumo nos consome sem nos deixar aparentemente consumido.
Nos engana e nos faz cada vez mais parte dele. E nesta dominação sem consumos visíveis, pois o vislumbre deixado por ele é coloridamente disfarçado de muitas coisas e cores, caminhamos...
E que venham as cores. E mesmo que essas não venham de mim, pois o interessante é a cultura do capital, assim mesmo as minhas são pretas e vermelhas e brancas e cores de Pai e Noel, de neve e até de um verde Pinheiro que não nasce nunca no meu sertão quente e seco...
Viva as cores de capital sem cores...